♪♫♪♫♪♫“A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende.” (Arthur Schopenhauer) ♪♫♪♫♪♫ “A música é a revelação superior a toda sabedoria e filosofia.” (Ludwig van Beethoven) ♪♫♪♫♪♫ “Onde há devotação à música, Deus está sempre por perto com sua presença generosa.” (Johann Sebastian Bach) ♪♫♪♫♪♫ “O objetivo e finalidade maior de toda música não deveria ser nenhum outro além da glória de Deus e a renovação da alma.” (Johann Sebastian Bach)♪♫♪♫♪♫ “A música é uma harmonia agradável pela honra de Deus e os deleites permissíveis da alma.” (Johann Sebastian Bach) ♪♫♪♫♪♫ “A música é celeste, de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma e a eleva acima da sua condição.” (Aristóteles) ♪♫♪♫♪♫ “Sem a música, a vida seria um erro.” (Friedrich Nietzsche) ♪♫♪♫♪♫ “A música é o remédio da alma triste.” (Walter Haddon) ♪♫♪♫♪♫ “A música é a linguagem dos espíritos.” (Khalil Gibran) ♪♫♪♫♪♫

21 de set. de 2015

Maurice Ravel (1875-1937)


Filho do engenheiro suíço Pierre Joseph Ravel e da fidalga francesa Marie Delouart Ravel, nasceu a sete de março de 1875 em Cibourne, França, localidade muito próxima da fronteira com a Espanha. O jovem Maurice só revelou sua inclinação para o mundo musical em 1882, quando tinha sete anos.

Seu primeiro professor de piano foi Henry Ghys, que concluiu sua parte quando o jovem Ravel tinha onze anos. Passou então a conduta musical do garoto para Charles-René. 

Ravel só começou a encarar o estudo com firmeza aos 14 anos, quando começou a estudar no Conservatório de Paris. Deixou o conservatório em 1895 para estudar individualmente e só voltou para estudar composição com Gabriel Fauré em 1898. Decepcionou-se em 1900 ao não ser bem-sucedido no grande concurso Prix de Rome. Deixou o conservatório definitivamente em 1901 e dedicou-se totalmente à composição desde então.

Começou a mostrar seu virtuosismo ao piano ainda em 1901 com a composição Jeux d`Eau. Compôs o Quarteto de Cordas em 1903, mesmo ano do famoso ciclo de canções Shéhérazade, obra que consolidou sua reputação como compositor. Em 1905 teve sua inscrição no Prix de Rome rejeitada, e grande polêmica iniciou-se em torno deste fato. Passou a conviver com figuras como Igor Stravinsky e Manuel de Falla.

Compôs sua primeira ópera em 1911. 
Recusou-se a receber a Legião de Honra, principal condecoração francesa, após a morte de Debussy, em 1918. Começou a compor pequenas peças e a orquestrar peças de outros compositores por volta de 1920. Em 1928 compôs sua obra mais conhecida, o Bolero, sob encomenda da bailarina Ida Rubinstein. Escreveu em 1930 o Concerto de Piano para Mão Esquerda para o músico Paul Wittgenstein, que perdera o braço direito durante a guerra.

Começaram então suspeitas de que o compositor possuía um tumor cerebral no final de 1937. A destreza mecânica, que já lhe falhava há algum tempo, foi destruindo sua vida. Ravel ainda compunha com clareza, mas não possuía mais aptidões físicas para colocar suas obras em prática. Tentou então uma cirurgia, mas não foi detectado tumor algum em sua zona cerebral. Antes de recuperar a consciência, Maurice Ravel veio a falecer, em um triste inverno para a música francesa, a 28 de dezembro daquele mesmo ano.

Sempre que se fala em música pré-modernista, ou impressionista, inevitavelmente cita-se o nome Ravel. Isto porque ele é um dos expoentes deste período. Maurice Ravel foi sem dúvida um dos maiores compositores franceses de todos os tempos. Apesar de sua carreira como compositor não ter começado muito cedo (em comparação com outros músicos eruditos), Ravel possui um extenso currículo nesta área. Com influências diversas como Mozart, Liszt, Borodin, Schoenberg e Stravinsky, além de Debussy, Ravel testou vários estilos até encontrar o seu próprio. Apesar da mistura de influências, o impressionismo mostrou-se forte nas composições deste mestre da música. Mesmo mostrando total racionalidade em seu virtuosismo, Ravel usava temas fictícios em suas composições. Dizia-se que estas eram sempre ligadas à magia, contos de fadas e coreografias encantadas. Mas este era o estilo Ravel.

Sua primeira peça famosa foi Pavane pour une infante defunte, composta em 1900, quando Ravel tinha vinte e cinco anos. Escreveu duas óperas, mas ficou conhecido principalmente pelos seus balés. Dentre estes se pode destacar Daphnis et Chloé e, sua obra mais conhecida, o Bolero.


Ravel ainda compôs inúmeras obras orquestrais e obras para corais. Teve como mentor para sua criação orquestral Berlioz e seguiu sua linha ao compor a grandiosa Suíte Mamãe Gansa. Em sua famosa composição Shéhérazade conseguiu conciliar perfeitamente a voz à orquestração feita sobre a obra inicialmente para piano solo. Nos Trois Poèmes de Mallarmé, de 1913, usa a recitação do poeta como complemento à sua criação musical, porém sem ofuscar o brilho da mesma.

Ravel, porém divertia-se mais ao compor músicas que pudessem receber acompanhamento vocal. E em canções como as Cinco Melodias Gregas e as Duas Melodias Hebraicas, ambas obras para piano e voz, nos provou isto.

Um acidente de automóvel, em 1932, deixaria seqüelas irreversíveis. Sua memória foi afetada e a coordenação dos movimentos jamais seria a mesma. Fortes dores de cabeça passaram a atormentar o músico. Em 1937, os médicos resolveram submetê-lo a uma cirurgia cerebral. Depois dela, Maurice Ravel nunca mais recobrou a consciência. Faleceu no dia 28 de dezembro do mesmo ano, no pico do inverno francês. Com ele, morria o último grande mestre clássico da música européia.

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